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JOSÉ ANTONIO PÉREZ-MONTORO

SONETOS DESCARADAMENTE ERÓTICOS



O livro 25 SONETOS DESCARADAMENTE ERÓTICOS de José Antonio Pérez-Montoro foi lançado no segundo semestre de 2003, numa bem cuidada edição do Círculo de Estudos Clássicos de Brasília. José Pérez, como é conhecido mais intimamente por seus amigos, é um ativista cultural de primeira linha e trabalha numa assessoria da Embaixada da Espanha e vem desenvolvendo uma extraordinária ação no campo da difusão da literatura espanhola e ibero-americana no Brasil.

Os sonetos "descaradamente" eróticos mereceram traduções ao Português por dois especialistas de primeiríssima linha como são Anderson Braga Horta e José Jeronymo Rivera, a quem devemos extraordinárias versões de poetas das línguas castelhana e francesa. No presente caso, exigindo uma verdadeira recriação para manter a elegância e a qualidade formal dos poemas.

Em vez de produzir um estudo da contribuição poética de José Pérez - que impõe-se por sua própria capacidade criativa -, caí na tentação de compor um poema também erótico em resposta e homenagem ao poeta... A seguir um dos poemas originais de Pérez nas duas línguas e, por último, a minha homenagem ao poeta, infelizmente, apenas em português.

 

AMOR PRIMERO
José Antonio Pérez-Montoro

Hicimos el amor por vez primera
y el amor se hizo luz e inundó todo,
anegando hasta el último recodo,
y la sensación fue tan verdadera

de que el amor creado una carne era,
amor tan vivo fue en aquel periodo,
que yo no supe hallar oculto modo
de trazar linde, la sutil trinchera

entre amada y amor o amor y amada.
Toqué un seno, cual perfecta esfera;
total amor palpé en mano estigmada.

Por eso, en otras veces cualesquiera,
pide aquella experiencia recordada:
-Hagamos el amor por vez primera.


AMOR PRIMEIRO
Tradução de Anderson Braga Horta

Amor fizemos pela vez primeira,
e fez-se luz o amor, tudo abraçando
e até o mais recôndito inundando;
tocou-me então idéia tão certeira

de o recém-nado amor ser verdadeira
carne, e tão viva, e em estos palpitando,
que acabei o segredo não achando
de traçar lindes, ou sutil trincheira,

entre a amada e o amor, o amor e a amada.
Tomei de um seio a doce esfera inteira;
inteiro o amor palpei com a mão chagada.

Por isso, toda vez que amar eu queira,
pede agora a experiência recordada
que façamos o amor por vez primeira.



ENTRE PURO E OBSCENO
Poema de Antonio Miranda para José Antonio Pérez-Montoro

Depois de teus sonetos ler e salivar
a revolver em busca de lascívia e mel
os vinte e cinco poemas, de um só tropel
e, acinte, é que fico aqui eu a cismar.

Se pode haver pornografia em amar
mesmo que o amor seja reverso e cruel
ainda que a soldo no mais reles bordel
ou mesmo na inversão de corpos a arfar.

Não seria no ato que se pratica
nem poderia estar naquele que fornica
ainda que na condição mais canalha

mesmo que nem seja amor, seja mortalha
imunda, perfídia, que só valha
o ditado: amor que fica é o de pica.


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